Juliana Magalhães Mourão e Francisco Sáenz Valiente mantiveram o domínio do que acontecia no apartamento e continuaram com o encontro, em vez de atenderem a saúde da vítima. Somente meia hora mais tarde, às 9h09 e às 9h13, os indiciados se viram forçados a pedirem assistência quando o surto que Emmily padecia, agravado pela privação de atendimento, era advertido pelos vizinhos. Quase ao mesmo tempo das chamadas de Sáenz Valiente, vários vizinhos escutaram os gritos de Emmily e telefonaram ao 911 (Emergências). Emmily já estava num estado de desespero eufórico, de terror e de pranto, pedindo socorro aos gritos”, detalha o escrito.
“As ações de auxílio concretas por parte de Francisco Sáenz Valiente e de Juliana Magalhães Mourão, ao serem tardias, privaram Emmily de uma assistência médica que poderia ter salvo a sua vida”, conclui a acusação.
No texto, o Ministério Público da Argentina esclarece que “a parte reclamante possui outra hipótese para o caso que difere desta da Promotoria”.
Em diálogo com a RFI, a parte reclamante descreveu a sua hipótese para o que aconteceu na Argentina: “Foi um crime para se desfazerem de Emmily depois de um abuso sexual. Emmily não foi até o apartamento para ter relações sexuais. Francis Sáenz Valiente tinha uma obsessão por ela. Ela não quis ter sexo e isso a colocou numa situação na qual lhe injetam droga. Eles a colocaram num estado de alteração psiquiátrica. Ela não estava drogada quando chega ao apartamento e cai inconsciente”, interpreta Raquel Hermida.
G1